Meus investimentos estão seguros na Cooperativa?

As cooperativas de crédito ganharam mais força no Brasil nos últimos anos, seguindo um movimento mundial. Em países como Estados Unidos, França e Canadá, 3 em cada 10 pessoas são associadas a uma cooperativa de crédito. A escolha é motivada, principalmente, pelo desejo de guardar o dinheiro em uma instituição diferente dos bancos tradicionais, nos quais o objetivo é somente o lucro. Seguindo outra direção, as cooperativas são pautadas por valores sólidos como a ética, a cooperação e o cuidado com a comunidade. E ainda, os recursos captados por elas geralmente são reinvestidos em projetos na própria localidade.

Tanto no Brasil, quanto em muitos lugares no exterior, as instituições financeiras cooperativas oferecem os mesmos produtos e serviços das instituições financeiras tradicionais, como conta corrente, cartão de crédito, caixas eletrônicos, seguros, financiamentos, crédito, investimentos, entre outros. Uma das principais diferenças entre os dois está no fato de que nas instituições financeiras cooperativas, é possível ter mais economia. Isso porque, em média, elas conseguem oferecer tarifas e taxas justas à realidade dos seus associados. O maior objetivo da cooperativa de crédito não é o lucro em si, mas atender às necessidades e beneficiar os associados, que são os verdadeiros donos da instituição.

O que é o FGCoop?

Além de oferecer os mesmos serviços, as cooperativas de crédito contam com a mesma proteção dada aos clientes das demais instituições financeiras. Essa salvaguarda é feita pelo FGCoop, o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, uma entidade criada para fortalecer o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. O FGCoop funciona como um seguro, onde cada associado tem até 250 mil reais garantidos por instituições financeiras cooperativa, caso que ela não consiga honrar seus compromissos financeiros.

Como o FGCOOP protege o investidor nestes casos?

O FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria de direito privado e de abrangência nacional, tendo como associadas todas as cooperativas singulares de crédito captadoras de depósitos e dois grandes bancos cooperativos: Banco Cooperativo Sicredi e Bancoob.

Em funcionamento desde 10 de abril de 2014, o FGCoop tem como função garantir crédito às instituições associadas quando o Banco Central do Brasil (BCB) decretar a intervenção ou liquidação extrajudicial de uma cooperativa de crédito.

O FGCoop foi criado para igualar as condições de competitividade com os bancos comerciais, protegendo depositantes e investidores das instituições associadas, e para contribuir com a manutenção da estabilidade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), ampliando a credibilidade do sistema.

O FGCOOP oferece salvaguardas às seguintes aplicações financeiras dos associados:

  • depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
  • depósitos de poupança;
  • depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (RDC);
  • depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
  • letras de câmbio;
  • letras imobiliárias;
  • letras hipotecárias;
  • letras de crédito imobiliário (LCI);
  • letras de crédito do agronegócio (LCA);
  • operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 08.03.2012 por empresa ligada.

FGCoop x FGC: qual é a diferença?

As pessoas mais familiarizadas com o mundo dos investimentos com certeza já devem ter ouvido falar do FGC, Fundo Garantidor de Créditos, que é o equivalente ao FGCoop para os bancos comerciais. O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, mantida por instituições associadas, que garante a devolução de, no máximo, R$ 250 mil investidos por CPF/CNPJ e por instituição financeira, com o teto de R$ 1 milhão a cada 4 anos. As aplicações seguradas por ele são: poupança, CDB, LCI, LCA, LC, Letras Hipotecárias, Operações Compromissadas, e o valor na conta corrente.

Em dezembro de 2017 houve uma mudança significativa no FGC, que passou a estabelecer um teto para a garantia, ou seja, um limite global de R$ 1 milhão segurado por CPF/CNPJ. Isso ocorreu por reivindicação dos grandes bancos comerciais, que estavam perdendo muitos recursos para bancos menores que utilizavam o FGC como argumento de captação. Antes, o investidor que tivesse, por exemplo, acima de 2 milhões investidos poderia pulverizar seu patrimônio por vários bancos e ainda ter a cobertura do FGC. Agora, com o teto de R$ 1 milhão do FGC, isso não é mais possível.

É justamente esse o ponto de maior diferença entre os dois seguros: o FGCoop não tem limite para a diversificação entre cooperativas de crédito. Ou seja, o cliente que tiver, por exemplo, R$ 2 milhões investidos, distribuídos em 8 cooperativas de crédito, com no máximo R$ 250 mil em cada uma, por CPF/CNPJ, tem direito à cobertura do FGCoop. Nesse caso, todo o dinheiro investido estará segurado.

Mesmo com todas essas garantias, o mais importante é observar a solidez da instituição financeira na qual você deseja investir, pois essa ainda é a melhor forma de proteger o seu patrimônio.

Sicredi Fundos Garantidores (SFG)

Nossos associados contam com uma camada extra de segurança, pois além do FGCoop, temos a cobertura adicional do Sicredi Fundos Garantidores (SFG). O SFG é um mecanismo sem fins lucrativos, com o propósito de realizar o monitoramento de risco das cooperativas do Sicredi. O seu objetivo é contribuir para a credibilidade, o desenvolvimento, a capacidade de honrar os compromissos, e a solidez do sistema. Confira mais sobre o SFG aqui.


E se quiser começar a investir de uma maneira descomplicada e segura, clique aqui para saber como se tornar um associado e ter acesso às diversas opções disponíveis aqui no Sicredi. 

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