Três gerações atuam no desenvolvimento da propriedade

A família Bedin, do distrito de Saltinho, em Rodeio Bonito/RS evoluiu unindo força de vontade, experiência, tecnologia e cumplicidade entre pai, filho e neto

O sonho da maioria dos pais é poder manter os filhos por perto, mesmo depois de crescidos. Este desejo foi atendido e foi além para o produtor rural, Claudino Tomazi Bedin, morador do distrito de Saltinho, em Rodeio Bonito/RS, pois ele conseguiu garantir a sucessão familiar com o filho, Claudecir, atuando junto na propriedade e também com o neto, Maicon.

Quando chegou no município, em 1965, Claudino atuava como arrendatário. “Na época, tudo era bem difícil, o trabalho era todo braçal, cansativo. Só em 1990, conseguimos comprar 10 hectares, e mais tarde fomos adquirindo mais terras, com o apoio do Claudecir que sempre foi o meu ‘braço direito’. Ele estudou no Colégio Agrícola de Frederico Westphalen/RS e, para minha alegria, decidiu ficar na propriedade para me ajudar. Com seus conhecimentos, fomos investindo e hoje temos 38 hectares. Trabalhamos especialmente com leite (80 cabeças) e com 1,6 mil suínos, além de plantarmos grãos para subsistência dos animais”, conta Claudino.

A decisão de Claudecir querer fazer a sucessão foi baseada nos bons exemplos e na dedicação do pai. “A vida toda o pai foi inspiração, sendo nosso porto seguro que nos dá forças para a continuidade dos projetos. Ele sempre trabalhou bastante, atuou com cooperativismo, inclusive foi sócio-fundador da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG, e sendo uma pessoa muito esforçada, foi conquistando o que queria. Por isso, eu quis seguir no mesmo caminho, porque tinha certeza que conseguiria garantir o nosso sustento investindo no campo e dando sequência ao que estava sendo feito. Para a nossa alegria, o meu filho mais velho, o Maicon, casou e também optou por ficar conosco. Com mais este suporte, começamos a aplicar recursos em tecnologia, comprando máquinas novas, e evoluindo cada dia mais. Acredito que com a experiência do pai e as ideais de inovação do Maicon vamos ir ainda mais longe”, frisa Claudecir.

Seguindo os passos do pai, Maicon também estudou para ficar no meio rural. Frequentou três anos na Casa Familiar Rural para se qualificar e aplicar os ensinamentos na propriedade. “Eu sempre quis ficar trabalhando com o pai e o nono, porque eles representam muito na minha vida. Me ensinam, orientam, aceitam minhas opiniões e, assim, crescemos juntos. Por isso, eu quero ficar aqui e dar seguimento ao que eles começaram, tocando os negócios para frente e evoluindo com eles. Eu tive a prova que no campo é possível ter uma vida boa, o que fortalece a minha decisão de permanecer. Dando sequência a sucessão, tenho um filho de sete meses e também gostaria muito que ele ficasse conosco quando adulto para que tudo o que estamos construindo possa continuar progredindo”, assegura Maicon.

O futuro

Apoiados pelo pai, atualmente, o filho e neto administram a propriedade.

– Fico muito tranquilo em deixar eles comandarem, porque fazem tudo com muita responsabilidade. Sempre que têm dúvidas, conversamos e construímos saídas juntos. Não tem alegria maior de ver todos trabalhando unidos, porque é um patrimônio gerado pelo esforço de todos nós e vai ficar na família –, observa Claudino.

O Sicredi

Para o desenvolvimento da propriedade, a família sempre contou com o apoio da instituição financeira cooperativa. Segundo a colaboradora, Marcia Azevedo, pai, filho e neto são muito cooperativistas e têm visão empreendedora, por isso vão construindo um patrimônio juntos, garantindo a sucessão. Entre os recentes investimentos, a família contou com o ajuda do Sicredi para construção do sistema de compost barn – confinamento alternativo com grande espaço físico coberto para descanso das vacas, revestido com serragem, sobras de corte de madeira e dejetos compostados.

– A família é um exemplo a ser seguido e tem muito aprendizado envolvido, pois participa de cursos e programas do Sicredi, como o Educação Financeira. Isso mostra que aproveitam as oportunidades e em conjunto constroem a sucessão familiar – finaliza Marcia.

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